O EMPRESARIAMENTO DA EDUCAÇÃO BRASILEIRA E A CONSEQUENTE PRECARIZAÇÃO DO TRABALHO DOCENTE

Autores

Palavras-chave:

Empresariamento da educação, Precarização do trabalho docente, Escola Pública

Resumo

O objetivo deste trabalho é analisar as implicações do empresariamento da educação e as consequências dessa política no trabalho docente. Tem-se a seguinte situação problema: Quais as implicações do empresariamento da educação brasileira no trabalho docente? Para responder à questão, elencam-se dois objetivos específicos I) discutir a crescente atuação de grupos empresariais organizados nas redes públicas de ensino por meio de parcerias público-privadas e II) discutir as consequências da lógica do empresariamento na educação brasileira. Metodologicamente, trata-se de um estudo de abordagem qualitativa baseado em uma pesquisa bibliográfica com fundamentação teórica-conceitual em Gramsci (1982; 1999; 2001; 2004; 2007), Marx (1983; 2004) entre outros autores. Numa síntese provisória, infere-se que os processos de empresariamento têm como ponto nevrálgico a crise profunda que abala o sistema capitalista o qual busca redefinir o papel do Estado. A educação submedida aos tentáculos do empresariamento educacional opera mantendo o controle da forma e do conteúdo escolar o que amplia o cerco sobre a escola pública. De instituição incumbida de possibilitar que os dominados tenham o direito de apropriarem-se dos conhecimentos historicamente construídos e socialmente sistematizados pelo conjunto dos homens passa-se estabelecimento reservado, apenas, ao conhecimento instrumental que agregue valor à  força de trabalho dos indivíduos.

Biografia do Autor

Andréa Kochhann, Universidade Estadual de Goiás (UEG)

PoÌs-Doutora em Educação pela Pontifícia Universidade Católica de Goiás (PUC-GO). Doutora em Educação pela Universidade de Brasília (UnB). Mestre em Educação pela PUC-GO. Especialista em DoceÌ‚ncia UniversitaÌria pela Universidade Estadual de GoiaÌs (UEG). Pedagoga pela UEG. Docente da Universidade Estadual de GoiaÌs (UEG). 

Rodrigo Rodrigues de Oliveira, Universidade Estadual de Goiás (UEG)

Mestrando no Programa de Pós-Graduação em Gestão, Educação e Tecnologias da Universidade Estadual de Goiás (UEG). Especialista em Educação na Diversidade e Cidadania pela Universidade de Brasília (UnB), em Educação em e para os Direitos Humanos no Contexto da Diversidade Cultural (UnB), em História e Cultura Afro-brasileira e Africana pela Faculdade de História da Universidade Federal de Goiás (UFG) e em Planejamento, Implementação e Gestão de Educação a Distância pela Universidade Federal Fluminense (UFF). Graduado em Pedagogia pela Universidade Branco Castelo (UCB). Membro do Grupo de Estudos em Formação de Professores e Interdisciplinaridade (GEFOPI). Professor de Educação Básica da Secretaria de Estado de Educação do Distrito Federal.

Mykaella Soares Leonardo, Universidade de Brasília (UNB)

Mestre em Educação pela Universidade de Brasília (UnB). Especialista em Gestão e Orientação Educacional pelo Instituto de Ciências Sociais Aplicadas (UNEB). Pedagoga pela Faculdade de Ciências Sociais e Tecnológicas (FACITEC). Membro do grupo de Estudos e Pesquisas sobre Formação e Atuação de Professores/Pedagogos (GEPFAPe/UnB). Professora da Secretaria de Estado de Educação do Distrito Federal (SEEDF).

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Publicado

2023-10-09

Edição

Seção

Artigos